terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Diário de uma solteira #9

A minha vida amorosa anda mais fria do que o interior de uma arca congeladora.
Foi mais ou menos há um ano (talvez mais) a ultima vez que estive realmente interessada em alguém, e que acreditei que poderia surgir uma história de amor na minha vida. Entretanto as coisas deram para o torto, acho que no fundo acabamos por confundir uma grande amizade com algo mais. Entretanto aos poucos e poucos fui esquecendo essa pessoa.
Nunca mais me voltei a interessar por ninguém, (nem ninguém por mim sejamos sinceros).
Ás vezes acho que nunca mais vou conseguir sentir borboletas no estômago. E isso deixa-me triste.
A verdade é que estou sozinha e sinto-me bem assim, mas as pessoas à minha volta não acham normal isso e fazem pressão para eu encontrar alguém, isso acaba por me deixar de fazer sentir bem como estou.
Pergunto-me inúmeras vezes se há algum problema comigo. Se é normal não me interessar por ninguém há tanto tempo, se é normal eu não sentir vontade de estar com alguém. Pelos vistos, e segundo as pessoas que me rodeiam, não é normal.
Tenho medo do futuro. Não tenho medo de ficar sozinha, do que realmente tenho medo é de nunca mais me conseguir apaixonar por alguém. De nunca sentir aquele irrevogável e ardente amor. As tais borboletas.








5 comentários:

  1. Percebo-te perfeitamente, também estou sozinha há quase um ano e toda a gente não acha isso normal. O melhor é nem ligares .

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  2. O que não me parece normal é procurar uma relação só porque sim, ou porque toda a gente tem. Isso tem que acontecer (se acontecer), não é algo que se encomende com data marcada.
    Hoje em dia parece que os homens têm alguma dificuldade em largar as saias da mãe e de se fazerem à vida. O pessoal está cada vez mais imaturo e desde que possam ir "petiscando" aqui e ali, nenhum se atira de cabeça ao prato principal. Diga-se que a conjuntura económica também não ajuda, mas dantes era bem pior e nós queríamos era sair de casa dos pais e deixar de trabalhar/ganhar para o monte. Éramos pobres em qualquer lado, por isso quando encontrávamos a nossa outra metade, juntávamos as misérias e partíamos em busca da felicidade.
    Hoje os sacanas dos gajos preferem viver às custas dos pais até bem depois dos 30 e não querem assumir uma vida independente, com todas as consequências.
    Nas próximas gerações os avós vão desaparecer. Os jovens estão a casar tão tarde, que não vão a tempo de conhecer os netos.
    Avós é uma espécie em vias de extinção. ahahahah

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  3. Tu é que sabes o que te faz sentir bem e ninguém tem nada a ver com isso :p se tiver que aparecer alguém, esse alguém há-de aparecer, não é preciso procurar :)

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  4. vai aparecer quando menos esperares, vais ver :)

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  5. Não acredito que isso vá acontecer, vais de certeza encontrar alguém :) Tenho uma grande amiga que depois de uma relação complicada ficou cerca de 2/3 anos sem estar com ninguém. Não tinha interesse, não lhe apetecia, não "estava nessa" simplesmente. E de repente conheceu alguém por quem se apaixonou e tudo está a ir bem. Essas coisas nunca são definitivas, tal como o amor nem sempre se traduz em "Viveram felizes para sempre". Acima de tudo leva o teu tempo, esquece o que os outros dizem. Por vezes sentimo-nos bem como estamos e são os outros que nos fazem sentir anormais - e isso é ridículo, não podemos permitir isso em nenhuma situação.

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