segunda-feira, 10 de julho de 2023

Sou obesa.

Sou obesa. Acho que é a primeira vez que o escrevo, e as lágrimas, gordas como eu, escorrem-me pelo rosto. 

Sou obesa e custa-me dizê-lo, mas hoje não posso mais negar. 

Neste cantinho que é só meu, escrevi no passado várias vezes sobre dieta, exercício, e excesso de peso. Na verdade acho que não me lembro de uma altura da vida em que tenha estado confortável com o meu peso. Vivi a minha vida toda em dietas, picos de compulsão alimentar, picos de défice calórico extremo, picos de fome, picos de enfartamento. Mas nunca, nunca, tive uma fase em que estivesse efetivamente bem com o meu corpo e claro, saúde. 

Tive um pedido desesperado da minha mãe, como nunca tinha tido. Foi um chamar de realidade impressionante. Sempre soube que me estava a fazer mal a mim mesma, ma nunca imaginei que pudesse estar a fazer mal aos que me rodeiam... Mas estou. 

A minha mãe tem medo de perder a filha, e eu nem imaginava que estávamos nesta fase. Mas estamos. 

Se eu não fizer nada agora... Não sei... Sinto-me perdida a maior parte do tempo, evito espelhos, evito comprar roupa nova, balanças, consultas médicas e tudo o que possa envolver encarar o meu excesso de peso. 

Não posso continuar assim.

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Ainda se escrevem blogs?

 Hoje tive uma vontade enorme de voltar aqui. Nem sabia se ia ter acesso ou encontrar o blog, mas fiquei feliz por saber que está aqui tudo muito bem preservado.

Hoje reli algumas publicações que escrevi há muitos anos atrás, daqui a um mês faço trinta anos e olhei para textos que escrevi com vinte e poucos. Que diferente que eu era, que dramática, que azarada, que chorona (ainda sou isto tudo). 

Reler os meus desamores e desilusões do passado é interessante. É bom poder espreitar para esse período da minha vida e recordar-me perfeitamente do que estava a sentir na altura.

E que bom que é saber que os problemas da altura passaram todos... Agora tenho outros mais sérios. 

Será que ainda alguém escreve em blogs? 

terça-feira, 28 de julho de 2020

Hoje tive uma grande vontade de escrever. Não me lembro da última vez que escrevi, ou que tive sequer vontade de escrever.... Já não me lembrava que em tempos tinha tido um blog activo.
Ainda não tive coragem de ler os devaneios que por aqui escrevi há longos meses (anos?) atrás.
Mas hoje... Hoje tive uma grande vontade de escrever. E de chorar em forma de palavras. Engraçado que o meu lado melancólico puxa sempre pela minha escrita.
É difícil exprimir sentimentos através de palavras, principalmente quando nem sequer sabemos muito bem o que estamos a sentir.
Hoje diria que será um pouco de pânico, medo, ansiedade e desmotivação.
Estou cansada e cheia de sono, mas todos estes sentimentos a revolver aqui dentro não me deixam descansar. Nem por um segundo.
Quero dormir. Não consigo.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Não é que queiras, ou que te afecte, mas não saberás mais de mim. Viverei como um fantasma para ti, tal como vives para mim.
Não posso iludir-me mais. E agora que não te posso ver custa mais. E como custa.
Pedi a mim mesma para não me voltar a iludir com estes assuntos do coração, mas parece que no que toca a estes assuntos serei sempre uma leiga e nunca irei conseguir dar um passo na direcção certa.
Dói muito não saber de ti. Dói mais saber que a minha ausência não te provoca qualquer sentimento.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

diferente.

És diferente. Diferente de muitos ou talvez de todos.
És lindo. Por dentro e por fora.
Não vives agarrado às redes sociais como nós, comuns mortais. Vives para a arte, para os filmes, para as músicas, para os livros, para a cultura.
Fazes-me sentir saudades tuas sempre que não estás perto de mim. Deixas-me nervosa quando estás ao pé de mim. Sinto-me pequenina, sem chão, sinto-me frágil.
Sinto que sei tão pouco sobre ti. Sinto que nunca serei interessante o suficiente para ti.
És tão diferente e fazes-me sentir tão diferente.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Hoje quando chegaste ao pé de mim despertaste uma sensação que antes nunca tinhas despertado: Borboletas. 


sábado, 9 de junho de 2018

Tento ser mais serena e acordar todos os dias com o pensamento positivo.
Tento todos os dias pensar que tudo tomará um rumo e encontrará o seu caminho.
Depois há dias como o de hoje, em que penso que nunca nada irá dar certo, dias em que parece que quando vou finalmente dar um passo em frente, a vide de alguma forma arranja maneira de me puxar dois passos para trás.
Calma. Respira. O que tiver de ser, será.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Fico cada vez mais confusa a cada dia que passa. É tão difícil. Porque é que tem de ser tão difícil??

sábado, 2 de junho de 2018

Temos apenas mais um mês. Mais um mês e depois todos os dias vão ser como o de hoje. Sem sabermos um do outro, sem falarmos um com outro, sem nos vermos.
Esta semana não te vi. Mas daqui a um mês será assim todos os dias por tempo indefinido.
Pensei que tínhamos ultrapassado barreiras, mas afinal não.

sábado, 19 de maio de 2018

insónia

01h45 da manhã. Não consigo parar de pensar em ti. E nos possíveis sentimentos que posso estar a desenvolver por ti. Estou confusa, não sei se isto pode evoluir para alguma coisa mas sinceramente não quero pensar nisso, pelo menos agora não. Para já quero aproveitar tardes como a de hoje, em que te posso ouvir durante horas a falar.
Mais um dia, e mais uma vez cheguei à biblioteca à hora do costume. Tu estavas sentado cá fora com um amigo, fui ter contigo, cumprimentei-te, fui buscar um café e regressei para junto de ti.
Ias ter aulas às 14h, mas a tua vontade de ir à aula era aproximadamente zero. Como te percebo.
Acabaste por decidir que não ias à aula, o teu amigo foi-se embora. Ficamos só os dois. Durante toda a tarde, a conversar.
Falamos daquilo que mais gostamos de falar, filmes e séries. Contaste-me as coisas que viste nas tuas viagens. Recomendaste-me sítios para visitar. Músicas para ouvir, comida para provar. Ficaste feliz quando te disse que já tinha visto os filmes que me tinhas pedido muito para ver. Obrigado por me dares a conhecer coisas tão bonitas. E a mais bonita de todas, claro, tu.
Entretanto chegaram os teus amigos e foi divertido. Rimos. Choraste de rir. Que bom.
Neste momento estou em plena insónia. E não paro de pensar nestes últimos momentos que temos passado juntos. Não consigo parar de pensar em ti.
Sinto-me tão bem quando estou contigo, mas ao mesmo tempo sinto-me tão nervosa, tenho sempre medo de dizer alguma parvoíce, alguma coisa que não faça sentido, porque o meu cérebro quando estou contigo simplesmente deixa de funcionar bem e isso preocupa-me. Porque sinceramente não sei como o meu cérebro está a interpretar esta situação toda. Se calhar isto visto de fora é só uma amizade a nascer, mas aqui para nós, o meu cérebro está a querer interpretar isto de outra forma.
Eu disse cérebro? Desculpem. Coração. Neste momento o cérebro já não existe, nem processa.
O coração já lhe tomou o lugar e todos nós sabemos que o coração é fraco e pouco inteligente.
"Não vás outra vez contra a parede." - Digo repetidamente para mim mesma. Vezes e vezes sem conta. Será que o coração está a ouvir as minhas preces?

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Primeiras vezes para tudo.

Foi a primeira vez que senti que realmente querias passar uns minutos comigo. Nem que fossem apenas 5 escassos minutos. Foi a primeira vez que tive impressão que não fugiste de mim, e fizeste um esforço para ficares.
Estava a chegar à biblioteca, e que timing perfeito, tu estavas a sair. Ias ter aulas daqui a 15 minutos.
Que timing fantástico. Cruzamo-nos à porta da biblioteca, cumprimentei-te e atirei para o ar
- "Tu a sair e eu a chegar" sem nunca contar com o que ia ouvir a seguir:
- "Só tenho aulas daqui a 15 minutos, se quiseres podemos ficar aqui um bocadinho."
Juro que demorei a processar esta frase na minha cabeça. Espero que não tenhas percebido, mas fiquei completamente atónita. Há duas semanas atrás, terias-me cumprimentado e seguido a tua vida.
Hoje para além do que me disseste, e depois de alguns minutos de conversa, ainda dizes:
- "Queres ir tomar um café?"
Mais uns segundos para processar esta pergunta. O quê?? O quê??
Tomamos o café e depois seguiste para as tuas aulas e eu para a biblioteca.
Vinha com intenções de estudar, mas já passou 1h e não me consigo concentrar e não consigo parar de pensar neste momento.
Deixem-me sonhar, só um bocadinho. Afinal sonhar nunca fez mal a ninguém.

sábado, 21 de abril de 2018

baby steps

As coisas mudam assim de repente, de um dia para o outro sem nos apercebermos muito bem como aconteceram.
Se há uns dias atrás andava a tentar esbarrar contra ti forçadamente e nunca te conseguia ver ou estar contigo esta ultima semana compensou por todos esses dias de desencontros.
Estive contigo quase todos os dias, infelizmente sinto que foi devido à situação do momento: Estarmos ambos no mesmo mestrado e por acaso termos um exame a aproximar-se.
Ainda te sinto pouco receptivo e distante. Ainda sinto que há um muro de Berlim entre nós. Felizmente, o meu sentido de humor quando estou contigo muda e pelo menos consigo fazer-te rir. Isso já é bom.
É bom perceber que afinal temos mais coisas em comum do que achava. Já me sinto à vontade para me meter contigo, fazer piadas com algumas coisas que dizes ou fazes.
Ontem reparaste que estávamos a ouvir o mesmo álbum de musica e ficaste entusiasmado, e isso é bom certo? Já dizia o Rui Veloso "Não se ama alguém que não houve a mesma canção"
Baby steps, baby steps.
Estou cada vez mais próxima dos teus amigos e isso é mais uma coisa boa que trouxeste à minha vida, porque felizmente deste-me a oportunidade de os conhecer e de perceber que são super divertidos e que consigo passar bons momentos com eles.
Derreto-me cada vez que olho para ti e sorris. tenho a forte sensação que estás a anos-luz de perceberes que estou caídinha por ti. Não faz mal. Por enquanto bastam-me os nossos dias na biblioteca e as nossas pausas para cafés.
Fez ontem uma semana que me desiludiste a sério pela primeira vez.  Foi a primeira vez que pensei menos de ti. Foi a primeira que me fizeste ter vontade de desabar. E ainda hoje não entendo o porquê.
Estava sentada no bar da faculdade a beber um café, e entretida no meus pensamentos enquanto deambulava pelas redes sociais.
Entretanto pareceu-me ouvir a tua voz, olhei em redor e ali estavas tu. Estavas ao balcão do bar a pedir um café, estavas de costas, mas para entrares no bar tinhas de me ter visto, já que eu estava sentada numa mesa sozinha, bem no centro do espaço.
 Reparei que estavas com um colega de turma que não conheço.
Descansei porque pensei que depois de seres atendido irias pelo menos dirigir-te à minha mesa nem que fosse para dizer olá. Não o fizeste.
Não só não foste ter comigo, como simplesmente fingiste que não me viste.
Sentaste-te duas mesas à minha frente com o teu colega e ignoraste-me por completo.
Durante todo este processo também não levantei os olhos do telemóvel, para simplesmente pensares que não te tinha visto. Mas vi e tu viste-me. E durante 5 minutos estiveste no mesmo espaço que eu e simplesmente tomaste a sábia decisão de assumires que eu não existia.
Assim que foste embora saí devastada do bar e só queria um buraco para me afundar.
No meio deste processo encontrei-me com um dos teus melhores amigos e acabei por ficar um pouco à conversa com ele. Entretanto outro nosso amigo em comum mandou-nos uma mensagem a dizer que estava no bar e para irmos ter com ele para tomar um café antes da aula.
Quando cheguei ao bar, e vi o meu amigo sentado percebi que também estavas com ele. Apeteceu-me dar meia volta, a ultima coisa que queria era estar na tua presença, ou olhar para ti.
Cheguei com cara de poucos amigos e mal olhei para ti. Estava magoada.
A realidade é que tens um poder sobre mim que não consigo explicar, e sei que passado 10 minutos já estava a sorrir para ti.
Ás vezes sinto que só falas comigo quando estou com algum dos amigos que temos em comum. Isso deixa-me confusa e triste.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Pelos vistos é mesmo este o teu jeito de ser. Meio desligado do mundo. Vou aprendendo dia após dia só de te observar.
Hoje estava com os teus amigos, e surgiu o teu nome na conversa, estavam a comparar-te com outra pessoa.
"Fogo o C ontem afinal não foi à aula, este gajo é mesmo desligado e desaparecido parece o *tu*" Mas ao menos nós sabemos porque é que o C desaparece, já o *tu*, ninguém sabe."
E pelos vistos, eles que já são teus amigos e de looooooonga data, nem eles conseguem chegar a ti.
Porque é que eu haveria de conseguir?

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Só de te ver durante 2 minutos muito mal aproveitados fiquei de coração cheio.